Acabei de ouvir o Sr. Júlio Isidro na SIC Mulher a falar sobre fama. O que me fez reflectir sobre a questão: o que é a fama? Será que é algo reservado para aqueles “que por obras valerosas / Se vão da lei da morte libertando” (Os Lusíadas – Canto I), como Leonardo Da Vinci ou Miguel Ângelo? Ou será que fama é ser-se conhecido da comunicação social e do público? Ou será a fama mais bem representada pela mitologia romana, em que esta seria uma personagem que espalhava todas as novidades, tanto as falsas como as verdadeiras, a todas as pessoas?
Neste aspecto tenho de concordar com o Sr. Júlio Isidro… O que ele tem é “notoriedade e credibilidade”. “Não é famoso porque não é diferente mas é reconhecido pelo que faz”, palavras do próprio. Acrescenta também que “a ideia de uma pessoa famosa é boa pessoa, é generosa, é solidária, é inteligente – isto não é real”. Na minha opinião este Sr., que nota-se que já reflectiu sobre o assunto, tem razão. Talvez a fama seja um vocábulo mal utilizado, usado apenas com o significado de notícia.
Segundo o dicionário Priberam da Língua Portuguesa, “fama” refere-se a reputação, glória, notícia e à apreciação favorável do público. Se utilizarmos o verdadeiro significado da palavra então chegamos à conclusão que a maioria das pessoas famosas não o é.
